Você esperando uma carruagem, logo é atendido. Ao subir solicite ao cocheiro "para o Centro".
-Sim, sim - responde o guia, que continua sua história - Sabe eu trabalho guiando coches a muito tempo, uns 45 anos eu acho. Meus coches não eram nem lentos nem rápidos, alguns clientes fiéis falavam que eu era "exato" ou, "um coche na medida", como falava o bispo. Porém quando aconteceu o que vou lhe contar, eu era cocheiro na capital já a 13 anos. Fui chamado para ir buscar passageiros fora da cidade, numa vilazinha, na outra margem do rio, passando por uma grande ponte! Até foi tudo bem, os cavalos estavam descansados e tranqüilos, e a estrada boa. Contudo ao chegar até mesmo os cavalos de agitaram! Meus passageiros eram um homem corpulento, já de uma certa idade, e sua filha, uma bela moça, linda, mas não mais que minha mulher! Mas continuando... Eu cumprimentei o sr. que estava com uma cara retorcida de ódio! Sem falar nada subiu no coche, segurando a filha! Talvez segurar não seja a palavra certa, acho que ele a estava prendendo sabe! E ela parecia ter chorado o mais que pôde! Logo que se instalou no coche com a filha disse: "para a capital, rápido! Se chegarmos antes da noite lhe pago o dobro!" Pois bem subi no coche e e quando ia partir a menina desenbestou correndo, mas não ia em direção do que eu acho ser sua própria casa, foi na direão contrária, seu pai saiu correndo atrás, e atrás dele um capacho jovem! O primeiro não a alcançou o segundo sim! A menina se debatia demais, parecia uma cabrita pulando, enquanto os dois a seguravam. No fim das contas o capacho veio junto na viagem! No meio do caminho uma roda ficou rachou e quebrou sorte que embaixo do assoalho do coche eu tinha uma novinha! Depois correu tudo bem, pra mim que cheguei na cidade antes da noite, e descobri que a menina ia para o convento, estava muitíssimo claro para mim que era na marra! Bem, não fiquei rico, mas vivi bem, criei meus filhos! Disse o homem meio cabisbaixo.
- E qual sua desgraça!? Você pergunta.
- Minha desgraça, hum, um de meus filhos foi, o terceiro e mais novo! Foi dado como morto no hospital - disse ele com a voz embargada - mas não me deixaram vê-lo! Mas havia um choro de bebê eu escutava! Mas eles falavam que não era o meu filho, mas eu descobri que a unica grávida que tinha parido naquela manhã no hospital era a minha mulher, então era sim meu filho! As vezes o procuro pela cidade, enquanto guio meu coche, mas como vou encontrar ele, nem sei como é! Eu e minha mulher ficamos imaginando, onde será que ele está!? Sabe acho que eu não trabalho de cocheiro, mas o procuro guando meu coche!
Logo chegam onde você que você desse e paga o cocheiro e diz: " se eu souber de algo lhe informo!"
O coche segue, com seu pai.
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